terça-feira, 15 de novembro de 2011

Toda essa baboseira...

Eu. Alguém quase que normal, com imaginação fértil até demais, que divaga entre assuntos diversos e às vezes se perde em um, e justamente o errado. Acho que posso ser um pouco decepcionante, quem olha vê algo diferente do que sou, e quando conhece... Bem, não sei se isso é bom ou ruim. Gosto de atenção, eu adoro atenção, preciso saber que sou amada, e sim... Eu sou uma pessoa carente. Sou atenciosa, gosto de demonstrar física e sentimentalmente carinho, gosto de contato, de estreitamento de laços, cumplicidade. Eu sei e gosto de me desculpar, eu dou o braço a torcer, eu reconheço que errei, eu faço de tudo para que me perdoem quando eu erro.

Eu fico triste sem motivo, mas acho que isso se deve ao fato de eu ser do sexo feminino, e sendo mulher, tem sempre um período em que estamos meio loucas, e particularmente o meu é uma fase de imaginação autodestrutiva, reunião de angústias e poço de estresse. Sim, eu reconheço isso, e reconheço também que essa minha horrível fase, me complica e me traz muitos problemas posteriores... Mas não consigo evitar.
Falando agora de coisas bobas, eu gosto de massas com molho vermelho, chocolates, refrigerante, halls e sorvete. Gosto de tartarugas, corações e de coisas coloridas, diferentes, engraçadas.  De crônicas, de escrever, cinema, conversar, trabalhar, estudar, de teatro, de música, muita música de todos os tipos. Eu sou lesa, falo muita besteira, dou muita risada... Meu senso de humor chega a ser irritante.

É, eu nasci também com defeitos de fábrica... Inúmeros! Chatice e falta de memória são os principais. Além de ser estressada, neurótica e dramática, o que me leva a não falar as coisas quando deveria e ficar guardando dúvidas que me fazem formular hipóteses absurdas para coisas simples e esperar que os outros adivinhem o problema. Gostaria de ser prática e simplificar tudo, mas não sou, eu faço tempestade em copo d’água, sozinha ou acompanhada. Sinto com muita intensidade, e esse é o pior dos meus defeitos. Seja alegria, raiva, amizade, e principalmente amor. Talvez, se eu aprendesse a dosar corretamente os sentimentos, sofresse menos e não precisasse estar aqui, a essa hora, escrevendo toda essa baboseira pra parar de pensar em você, mas essa já não seria eu.

Tanta coisa pra falar, e me resta hoje...

... o silêncio.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Não sei bem descrever. rs

         Há sim, um ponto fraco... Talvez eu esteja repleta deles, e hoje especialmente, me incomoda entender isso. Sinto-me estraçalhada, pedaço de tudo que nada completa, das coisas que nunca terminei, como um quebra-cabeça com peças que não se encaixam.  Minha vida está cheia de tantas “metades” pelo caminho, e eu vou recolhendo esses cacos,  tentando construir algo sólido, mas é tão difícil persistir quando olho pra trás e não vejo resquício de nada seguro. É doloroso mudar, é preciso.

         Não foi por não haver motivos, é que eles mudaram, e com isso, mudaram-se o foco, o método, a estrada, o sentido... Tantas vezes.  É que só agora foi mais forte, foi mais firme, como algo definitivo, decidido... Vontade real, ativa, contínua, coisa que não cessa por bobagem. Uma necessidade quase que vital de me encontrar em alguma coisa que me realize, uma vida minha, sem “meios passos”, meios termos, meias palavras... Completa, cheia de mim e dos meus detalhes, bons ou ruins, bonitos ou feios. Tem momentos que me sinto tão sozinha com as minhas escolhas, mas aí penso que são tão unicamente minhas e que serão também minhas as conseqüências, que o prazer de poder fazê-las supera o risco de me machucar.

         Outro privilégio é escolher com quem compartilhar nessa minha vida, cada minuto que forma lembrança na memória. Cada riso, lágrima, plano, problema, solução, sentimento... e toda a infinidade de coisas que se divide com quem se gosta.  Surge em mim agora uma urgência em realizar tudo isso, de ter enfim, algo concreto, de me tornar produto das minhas vontades e responsabilidades, culpada por meus erros e reconhecida por meus sucessos... Quero descobrir  meu destino e me surpreender, passo a passo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Contando o tempo

Será que todo o tempo se conta em dias, em horas, minutos e segundos marcados no relógio? Se acontece assim, então alguém me explica por que os dias felizes parecem mais curtos, no descanso as horas passam mais rápido... Por que na espera os minutos parecem se estender por horas a fio, e no tédio temos a impressão de que o relógio está lento. Alguém me faz entender por que em alguns segundos de conversa, às vezes conseguimos compreender coisas que passamos dias e dias sem fazer idéias, ou por que uma opinião de anos pode desmoronar de repente.

Eu gosto de contar o tempo em momento, intensidade... Eu penso que as cores que eu vejo nos teus olhos em segundos, significam mais do que as imagens que os meus vislumbraram no resto do dia, que nossos sorrisos, se juntos, são mais plenos, que o tempo acelera quando estou contigo e que o dia fica curtinho, mas as lembranças e a saudade se multiplicam a cada cair de noite... Eu sei que a gente entende coisas em olhares e que às vezes se desentende em meias palavras. Eu acho que é tão mais lindo coisas simples em dias comuns do seu lado, que conta tanto mais meia hora de nada com você do que cem anos de tudo sem poder compartilhar com quem amo...

Por isso, não me importam as datas, nem contar o tempo em meses e meses. Datas marcadas nem sequer combinam com a gente... A verdade é que os momentos estão guardados na lembrança, e é em cada um deles, no sentir, nas palavras, nos gestos, carinho, atenção, no fato querermos estar dia a dia, lado a lado, que se encontra, se traduz o amor, não em um dia marcado no nosso calendário. Te amo, por tudo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Escolha

Quando se ama, o mais lindo é que, no fundo, é tudo uma questão de escolha.
Não é cegar diante dos defeitos, é aceitá-los.
Não é ser conivente com os erros, é perdoa-los.
Não ignoramos as diferenças, respeitamos.
Não abdicamos da nossa alegria em prol da do outro, entendemos que fazê-lo feliz, nos faz mais felizes.
Não é que não se possa viver na ausência de quem se ama, é que ESCOLHEMOS viver com quem amamos... Não que sozinho a vida seja ruim, mas é incompleta, insana.
AMAR é aceitar que nada é perfeito, que ninguém tem somente qualidades, que a soma dos pequenos defeitos, dos detalhes ínfimos, é que transforma o gostar em AMOR.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Silêncio

Gostaria de ser capaz de deixar as coisas como estão só por alguns minutos, mas cada segundo consome minhas idéias e não sei não interferir, porque odeio silêncios... Eles gritam em minha mente milhões conclusões mirabolantes. Nunca sei o que fazer diante do silêncio, não leio mentes... Fico quieta. Não quero dar passos em falso, não quero piorar as coisas, então me fecho e reflito. Quer saber mais uma das minhas conclusões mirabolantes? Por vezes penso que omitir deve ser melhor do que contar a verdade, e se eu pudesse fazer isso com as coisas simples e ficar com o pensamento em paz, o faria com certeza... Mas... Existe algo martelando em minha cabeça, dizendo que não devo calar nada, que devo contar detalhes, que devo superar o medo de ficar no escuro rodeada do seu silêncio, que me fere.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

...Há sempre um pouco de vazio quando você não está. Sinto falta do aconchego que é te abraçar...  Pensar em tudo, em nada, e querer ficar ali pra sempre.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Boa sorte

            Não sinto nenhuma falta das coisas que você não me disse, e é tão fácil te excluir da minha vida... Eu não faço questão do teu carinho, nem muito menos da tua companhia, e se não consegues compreender isto, só posso lamentar. Sua existência simplesmente não me interessa. Agora te sinto como objeto nulo, como algo que passa despercebido e indolor, nada que me fira nem ma traga prazer, completamente indiferente, desnecessário.

          Confesso que me parece curiosa a forma como você se debate sobre as mentiras e trapaças que espalhou pelo caminho, tentando chamar atenção com seus empecilhos e problemas imaginários, julgamentos precipitados, com sua moral deturpada, sua conduta inventada... Sabe-se lá onde esqueceu o significado real das coisas. Neste caso, o que não me acrescenta, me polui, então, com sua licença, me retiro e te deixo a sós com suas armadilhas... Sei que um dia, com essa sua memória convenientemente curta, você ainda cai em uma delas. Boa sorte.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Prateleira

          Escondi o coração e fechei as janelas da alma, evitei qualquer um que ousasse se aproximar. Mascarei a solidão de euforia, e saí. Decidi esquecer ressentimentos e deixar os sentimentos na prateleira... Mas acho que não protegi muito bem minha fortaleza. Você bateu à porta como quem não queria nada, querendo tudo... Esperou tanto tempo até que eu pudesse atender, entender... Então entrou, e sem que eu notasse, encontrou todos os caminhos para os meus segredos. Te entreguei, confiei. Agora te peço: me guarda, cuida, me ama, porque tudo que há em mim é só teu. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vontade

        Há coisas que eu quero te dizer, mas não escrevi simplesmente porque ainda não encontrei uma maneira de traduzir esses sentimentos em palavras.  Eu vou me perdendo nas letras, musicas, em dias e dias, nas noites em que rabisco qualquer coisa que pareça com a variação dos meus batimentos cardíacos quando você está por perto.

.
        Saí por aí, nas lembranças, procurando o exato  momento em que sua presença se tornou tão importante e sua ausência tão dolorosa. Quando foi que ocupou meus pensamentos, como foi que entrou em todos os meus planos?... E agora não consigo imaginar meu sorriso sem estar ao teu lado, me sentir segura sem teu abraço... Porque você existe em cada fechar de olhos meus, e em toda vontade de te ter aqui. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Suspirar

Tem coisas que são só nossas, e ninguém precisa saber... Detalhezinhos que ficam gigantescos pra gente... Aquele sorriso a contra gosto, bem no canto da boca, olhar teus olhos de perto, um abraço quentiiiinho, tão bom...! Certos momentos nós não podemos traduzir em palavras, eles são cheiro, gosto, som... Sentir e suspirar. ♥

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O que eu não sei dizer


É que eu tenho esse jeito estranho de não saber quando falar o que tinha que lhe ser dito todos os dias. Nada aqui é óbvio, e as coisas que você vai ter de mim vão chegar nas horas inesperadas, porque eu não sei planejar, eu não sei conquistar, não sei expressar nada que não possa ser traduzido em palavras no papel... Vou me entregando aos pedaços, com medo, como quem se certifica de que há chão para dar o próximo passo, por isso, não desista de mim até que eu esteja completamente presente para segurar tua mão e te abraçar mais uma vez.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mais um caso de amor.


O problema é que casos de amor me destroem, e por mais que tente ser cautelosa, sempre acabo caindo nessas valas, me transformando em pedaços soltos pelo caminho. Já é difícil impedir que cresça em nós um carinho permissivo, mas prever que podemos nos apaixonar a qualquer momento em uma fração de segundo... Isso é impossível, sabe? De repente, estou eu lá, de bobeira, e talvez até nutrindo um sentimento por alguém que não está por perto, ando para lá e para cá, sem procurar nada nem ninguém, quando olho pro lado e... no momento em que vi, eu sabia que não era como olhar para qualquer outra pessoa no mundo, mesmo sem entender o que significava, podia sentir de uma forma estranha e contida que havia algo de diferente. Se naquele primeiro encontro ignorei isso, ou não dei a devida importância, era exatamente isso que eu deveria ter feito em todos os outros seguintes... Mas não o fiz.
De alguma forma, tem horas em que eu realmente sinto que preciso fazer alguma coisa, e acho que é aí que está o meu erro, porque ridiculamente, logo após desejo nunca tê-la feito. Comparo gostar de alguém com estar segurando um copo muito cheio e ter que correr ao mesmo tempo: você está com medo de derramar, e por ficar nervoso, perde o controle a acaba estragando tudo. É exatamente assim que me sinto. Fico me desafiando a tomar uma atitude, vontades incontroláveis tomam conta de mim, como se eu simplesmente não pudesse conter milhares de bobagens que digo e faço no impulso, atropelando minhas chances. Vivo nos extremos, e, claramente aplico na minha vida a filosofia do “viva o hoje como se fosse o seu ultimo dia”. Quero ter a certeza de que fiz tudo que podia, e as vezes o que não podia também, tenho que saber que não desperdicei sentimento, demonstrei, entreguei... Mas nunca é o suficiente, sou tão intensa que eu mesma não caibo em mim. Na verdade, acho que o que eu mais desperdiço é a chance de ficar quieta e calada. Gostaria, sinceramente, de aprender a controlar mais coisas no campo sentimental... Quer dizer, tanta gente diz que se apaixonar é algo que nos permitimos ou não, então porque nunca tenho o prazer da opção “ou não”, só pra variar. Às vezes tenho a ligeira impressão de que estou competindo comigo mesma para ver quantas dores consigo acumular, adoro ofertas do tipo: “Pague por uma oportunidade, e leve duas decepções”, ou “Na compra de uma esperança, quebre a cara de graça”... Só pode ser.
Sabe do que mais? Ainda tem meu defeito mais desprezível, cruel e ridículo: A persistência. Sim! Isso é definitivamente um defeito, e dos piores. Que tipo de pessoa insana permanece lutando e se machucando por algo inalcançável? Eu. Mesmo quando sei que nada vai mudar, parece que preciso me torturar pra compreender, reafirmar para mim que é real, que não é possível.
Encontrei um jeito doloroso de me obrigar a aceitar que as coisas são como são, que não há mais nada a fazer depois que fracassei em todas as tentativas, e devo deixar que tudo siga seu curso... Quando percebo que estou prestes a começar tudo de novo, então me deixo ferir, pra ver se fico mais forte, se fico imune, ou pelo menos para chorar, colocar para fora a angústia, aliviar a dor, e recomeçar. Ouvi dizer que não há mal que o tempo não cure nem ferida que ele não cicatrize, por hora, sigo sangrando. Não sei o que vem por aí nem quantos dias vou gastar até que me sinta plena novamente, e foi esse mesmo tempo da cura que tornou a tristeza normal na minha vida, mas espero que ele me reserve uma grata surpresa no final: a felicidade.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Para esquecer.

Queria expulsar até o último resquício, raspar tudo sem deixar marca alguma, e depois preencher o abismo que se abriu com sorrisos e flores. Terminar como algo que foi esquecido a tanto tempo que ninguém consegue lembrar, inclusive eu.

Podia ser.

           Sensação estranha essa de que há um vazio ao meu redor e um peso dentro de mim ao mesmo tempo, algo que vai da boca do estômago à garganta, oscila entre calafrio, suspiro e angustia... Como um querer ter maior que o medo do que eu posso sentir, mas um medo de que você não sinta nada bem maior do que o querer te ter. Completamente confuso, por isso estou imóvel agora, não falo nada.

           Quando uma tal tristeza chega devastando meus castelos de areia, como o mar em ressaca com ondas salgadas, as lágrimas caem marcando rastros. Tento abraçar o vento que me traz um perfume familiar de algo que eu não sei bem se tive um dia. Só quero me livrar disso, aliviar... então deixo migalhas de carinho na tua janela enquanto não está olhando, são pedaços soltos que guardo até o ultimo momento, esperando a hora certa, e não acerto. Não estou te fazendo perguntas e não preciso das respostas, não as quero. Sei que não há outra maneira de atravessar, sentimento não se corta, ele se regenera e cresce mais resistente. Deixo chover a dor, pra ver se tudo escoa para um lugar distante, onde eu possa lembrar com ternura somente em um cartão postal, fotografia e nada mais.

            Frágil como folhas secas no outono, qualquer coisa me fere, me despedaça. Essa paisagem opaca da minha vida sem você por perto pra colorir a primavera que não chega nunca, nem frio, nem calor, um nada tão cheio da sua ausência... Estendo a mão pra te alcançar, mas cada passo que damos é em direções contrárias e surgem vãos intransponíveis. E tá tão difícil simplesmente esquecer... é que eu tenho esse jeito feio de não saber perder, de não querer desistir. O que me frustra é o que seria se você não tivesse fugido para o outro lado de um mundo só seu sem se quer tentar. Podia ser leve brisa, correr tranquilo como água de rio. Podia ser tempestade, coração disparado, incêndio, e som suave, calmaria, agridoce, sorriso aberto, as vezes saudade... Podia passar sem nem se notar. Podia ser tudo, podia ser fase, podia ser absolutamente nada... ou podia ser amor, sabe-se lá...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

????

 Meu silêncio são inúmeras vozes gritando dentro de mim, são sentimentos que não querem se expor, (bem)ditos ou (mal)ditos, na maioria das vezes nem ditos a quem é de interesse. A ausência das palavras quer esconder o medo das respostas, a angústia da dúvida me parece menor do que a dor da rejeição.



terça-feira, 5 de julho de 2011

Palavras ao vento para você não ouvir.

Não minto. Nego porque não queria sentir isso. Porque me parte o coração sempre que te noto tentando me afastar. Porque sei que não tenho o direito de me sentir magoada em momento algum, por não ter o direito de esperar nada de você. Por tudo que você me disse, eu escutei e tentei entender. Pelas vezes em que percebi teu receio, e até mesmo teu desinteresse. Pelas desculpas que inventei pra te procurar mesmo tendo mil razões pra esquecer. 


Eu me afastei de mim, estou tentando mudar tudo por fora, embora por dentro esteja tudo igual. Cada 'não' implícito no seu silêncio ainda me corta tão profundamente, que em certas horas não há mais o que fazer, e vez ou outra me flagro em lágrimas... "Nada do que eu fui me veste agora.".


Tento me distrair, mas pequenas coisas me lembram você sem motivo algum. Quero ignorar, mas não consigo... Eu não sei ao certo o que está me consumindo, se é esse sentimento infundado, improvável, absurdo... ou se não poder me abrir, ou se é você me querer o mais distante possível. Minhas vontades se confundem como nunca, porque não consigo me imaginar em uma relação, e não consigo suportar a ideia de não poder te ter por perto. Seja lá como for, a única coisa imutável é a dor. 


Não há traço de nada em mim que não deseje você desde o momento em que meus olhos cruzaram com os teus. E não há dor maior do que a de não poder te fazer sentir isso.


Ando me perguntando por que tudo isso está acontecendo comigo. Por que nasceu em mim um sentimento tão lindo, e ao mesmo tempo tão doloroso em tão pouco tempo. Pode ser porque teu sorriso é a coisa mais linda e que ilumina tudo que está perto. Pelo teu abraço aconchegante, seguro... pelas nossas conversas tímidas, contidas, monossilábicas, nossas diferenças gritantes... ou pelo jeito cuidadoso como me explicou todos os teus medos e 'poréns', pelos beijos quentes, pelo vendaval de sentimentos e sensações que me causou... Pela saudade que senti e sinto, pela minha própria reprovação por senti-la.


Está machucando sim. Dói não conseguir falar, dói não te encontrar, dói me sentir só rodeada de gente e não poder te ligar, dói  me sentir mal só por sentir algo, e depois por está escondendo isso, dói sua rejeição, sua indiferença, dói não entender, dói a angustia do não saber o que fazer, ou sabê-lo bem, mas não querer... Mas o que dói mais é não conseguir parar isso. É não ter o controle de mim mesma, e me encontrar nessa dor imensa sem direção, sem poder me entregar, sem conseguir descreve-la, sem poder desliga-la simplesmente. Sem ter ninguém pra me dizer onde guardo tudo isso que sinto por você.

('Quando fui chuva' - Luís Kiari e Caio Soh)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carta

       Agora me sinto confusa a respeito do que fazer, ou não fazer... Não me entendo bem, ou não quero entender (o que é bem mais provável). Se juntar os fatos, verei toda a verdade destacada em cada esquina da minha lembrança, então por que não consegui ver as placas enormes de 'PERIGO. PARE.' ?

        A maior dor que se pode sentir é aquela da qual não queremos nos livrar por ser a única coisa que ainda nos liga a alguém, e isso é deprimente, mas é real. É sentir falta daquilo que não se fez, não viveu, que planejou, mas não concretizou. É pensar como poderia ter sido diferente, e onde foi que começou a errar, se ainda está errando, se um dia errou. É fazer coisas absurdas e culpa-las por não ter dado certo a preferir aceitar que já estava no fim. É querer odiar, depois achar que isso ainda é se importar, e então, querer ser indiferente e perceber que não consegue, depois que não quer. É fazer de tudo pra esquecer, e no final, quase no perder das forças, falar bem baixinho seu nome enquanto chora, e repetir enquanto pensa no porquê de tudo isso. Depois vem a fase do não saber mais o que fazer, do aceitar sofrer, tentar superar e seguir em frente.

        Então o tempo passa, e num dia qualquer, bem a noitinha, se sente um vazio tão imenso, que só poderia ser preenchido por uma única pessoa, aquela que você jurou nunca mais procurar.  Mas é uma coisa tão forte, quase como se sua vida dependesse do som da voz dela para continuar, então você liga, e aquele som... Qualquer palavra, você não escuta, você não entende, não presta atenção... Porque nesse momento está pensando em como aguentou todo esse tempo sem escuta-la, sem vê-la, sem toca-la, sem sentir seu cheiro... E isso vai te consumir de tal forma, que daí pra frente não conseguirá pensar em nada além de: "O que posso perder em tentar mais uma vez?". E é aí que está o erro, porque você sabe exatamente que pode perder tudo! As noites de sono, a razão, a fome, a alegria, o humor, a vontade de fazer toda e qualquer coisa...! Mas mesmo assim, vai em frente... Eu não consigo decidir se essa é a coisa mais linda ou mais estúpida do mundo.

        Ridiculamente, eu sofreria o mesmo mil vezes, eu choraria mares, se depois pudesse te ver sorrir ao meu lado. E se desistir de um sentimento fosse assim tão fácil, ninguém amaria. O amor mais doloroso é o meu, que não encontra razões, mas mesmo assim existe, persiste... É bem verdade que na maioria dos momentos eu quero sumir por não te ter aqui. Sim, eu queria voltar no tempo e nunca ter cruzado com o seu olhar... Mas nos poucos momentos em que você, mesmo sem se dar conta, me faz feliz, qualquer pensamento como esse desaparece sem deixar rastros, e me faz acreditar vale a pena estar aqui escrevendo essa carta.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Motivo.

Me sinto cansada de não saber, de não ter, de não poder.

Queria somente controlar meus desejos, queria não te querer tanto.

Não sou madura o suficiente, é bem verdade. Não para isso.

Consigo compreender teus motivos, mas não sou capaz de aceitá-los

Não posso respeitar tuas verdades absolutas sobre o que acha que pode ganhar ou perder.



Estou tão sufocada, me falta a tranquilidade e a calma necessárias para esperar,

me falta, sinceramente, a maturidade para ser segura o suficiente.

Quero gritar, quero viver esse momento. Só quero não desperdiçá-lo.

Não consigo, me desculpa, ser fria e racional. Sou passional.

Meu pior defeito é acreditar, crer que pode dar certo.



A sua oscilação está me matando aos pouquinhos por dentro,

cansei de ficar à deriva, preciso saber onde estou.

O pior é te ouvir me falando a verdade, me dilacerando, me confundindo

Por que eu ainda estou aqui? Por que?

Visto minha insegurança de coragem e te procuro mais uma vez.

Mas o que é que eu estou fazendo? Eu não sei.

Não há outro motivo para eu não desistir, além da estranha vontade de te ter por perto sem motivo algum.


(29.05.2011)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Do Amor - Paulinho Moska


Não falo do amor romântico, 
aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. 
Relações de dependência e submissão, 
paixões tristes. 
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo, 
e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida,
explicada, entendida, julgada. 
Pensam que o amor já estava pronto, 
formatado, inteiro, antes de ser experimentado. 
Mas é exatamente o oposto, para mim,
que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, 
inventado e modificado. 
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita. 
O amor é um móbile. 
Como fotografá-lo? 
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo? 
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? 
O amor é o desconhecido. 
Mesmo depois de uma vida inteira de amores, 
o amor será sempre o desconhecido,
a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. 
O amor quer ser interferido, 
quer ser violado, 
quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, 
decidimos caminhar pela estrada reta. 
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, 
e nós preferimos o leito de um rio, 
com início, meio e fim. 
Não, não podemos subestimar o amor não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico. 
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia. 
Não é no meu sangue que ele ferve. 
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e 
nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu 
como se fossem novas estrelas recém-nascidas. 
O amor brilha. 
Como uma aurora colorida e misteriosa,
como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, 
o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. 
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, 
se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço. 
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, 
me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega. 
Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita. 
Ou melhor, só se Vive no amor. 
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.
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Mas que coisa mais que linda é essa? rs.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Se deixar...

          Triste é querer e se saber não poder, é poder e não se permitir, permitir e amedrontar. É buscar e não encontrar, encontrar mas não ser, ser e não aceitar, aceitar mas não compreender. É desistir sem tentar, tentar mas não persistir, persistir mas não alcançar. É encher mas não preencher, é preencher e transbordar, é desperdiçar. Amar e ter que calar.


         Amar é sem perceber, e perceber já amar mais do que se pode, quase que sem querer. É permitir-se buscar, encontrar, ser e aceitar. É não desistir sem tentar, persistir... E quando não alcançar, transbordar, mas nunca temer ou desperdiçar. É não entristecer por não ser amado, mas sim por não se deixar amar.

(TRILHA: "QUANDO ASSIM" - NÚRIA MALLENA)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quando Assim - Núria Mallena

          Vou dizer viu..! Fuçando aqui e ali, tenho encontrado artistas maravilhosos... Gente boa e muito pouco conhecida pela minha região. Que coisa mais linda é ver que ainda há cultura e bom gosto brotando de cada cantinho do Brasil... Um exemplo disso é Núria Mallena, que tem uma voz suave... Canta e encanta. Não podia deixar de postar essa LINDA música aqui. Poesia para os olhos, canção para a alma e para o coração. DESFRUTEM.



 COMUNIDADE DA ARTISTA NO FACEBOOK: 
http://www.facebook.com/pages/N%C3%BAria-Mallena/167699823291591?ref=ts

Aquece

            Eu sei que mudaria minha vida inteira para andar ao teu lado, porque foi quando te vi que enxerguei os meus caminhos, minhas certezas. Porque perto de você eu vivo, e longe eu apenas espero... Meu sorriso não está completo sem o teu, e meu corpo é frio sem teu abraço. É teu calor que  aquece meu coração.





Obs.: Gente, não colocarei o nome da música na trilha dessa vez, porque estava envolvida em tantas melodias do Tiago Iorc... Então é isso: Escutem, ele é fera! Beeijos


terça-feira, 21 de junho de 2011

Melodia

         Minhas palavras são tão vagas, e ao mesmo tempo tão densas para se guardar sem uma melodia... Quero fazer fluir pelo teu corpo, pela sua mente tudo que senti, e se cada palavra se apoiar em um acorde, quem sabe fique mais leve, mais bonito...

        Quero esconder atrás de cada nota toda a dor, e transformá-la na mais linda canção, pra poder fazer renascer no mais profundo da tua alma a vontade de amar, pra te dizer que letra e música estarão ligados eternamente, como obra e autor... Como eu e esse  amor  que em mim surgiu tão despretensiosamente, quase que sem se notar, e nunca mais partiu.

        Há coisas as quais eu não posso controlar, eu sei, então apenas feche os olhos e me ouça, porque não pedirei nada em troca além de tudo. Eu aceito tudo que quiser me dar.


 (TRILHA: LET'S STAY TOGETHER - TIAGO IORC) 


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Contradição

                Entro em contradição... Faço pedidos para te esquecer, mas em silêncio faço promessas para te ter de novo. Estou me punindo por erros que nem mesmo sei se cometi, pelas minhas possíveis falhas que desconheço... Estou procurando motivos para não te querer e encontrando toda a minha vontade de ficar com você. 

                A verdade é que já não sei o que fazer, porque sempre que penso a respeito, me dou conta de que qualquer sofrimento que tenha me causado, fica ínfimo diante da felicidade de poder te ter  ao meu lado.



(TRILHA: "A PRÓXIMA VEZ" - MARIA GADÚ E GUGU PEIXOTO) 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Quando fui chuva - Maria Gadú e Luiz Kyari



Meu pedaço quase que inteiro.

          Preciso recuperar os pedaços de mim que ficaram com você: uma parte de lembrança, um pouco da esperança, fragmentos de ilusão. Felicidade quase que completa nos cacos de um amor unilateral. Me confessa que jamais foi real, que tentando se enganar acabou me enganando também, que sente muito, ou nem tanto, tanto faz. Já não tem importância o tudo que nós não fomos.

         Apenas me devolva o meu livro favorito, aquela foto e o meu sorriso que você aprisionou nos seus lábios. Quero que leve embora teus cds antigos, teu cigarro, e as digitais que deixou em minha pele. Vem buscar teu cheiro no travesseiro ao cair da noite e tua presença na varanda pela manhã. E quando vier, não esquece de trazer de volta minha vontade de viver.

         Tua ausência me machuca, e está tão difícil me desfazer disso... porque você é meu pedaço quase que inteiro, o mais complexo dos meus defeitos, a parte que falta para completar a metade que sou eu... E essa dor é a sua ultima marca em mim, é o sentido que ainda me resta, mesmo que nada mais faça sentido.


(TRILHA: "EU QUE NÃO AMO VOCÊ" - ENGENHEIROS DO HAWAII)

"Eu que não fumo, queria um cigarro, eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais nesse último mês... Eu que não bebo, pedi um conhaque, pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair..."

 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perguntas - Respostas

               Você me disse que ia pensar, mas eu não te pedi nenhum favor... Que fique bem claro isso: não quero o teu 'amor teste', nem sentimento superficial. Não vou ser voluntária nas experiências do teu coração, nem me entregar à desorientação das tuas dúvidas.

               Não se desculpe se pretende cometer os mesmos erros, nem diga que tem medo me magoar, porque se pode prever isso, então também é capaz de impedir. Você sempre tenta me convencer de que não tem controle sobre si mesma, e eu simplesmente não consigo aceitar isso.

               Sei que seria tão mais fácil deixar tudo como está e esquecer, largar de uma vez. É todo o meu desejo, mas minha cabeça insiste em buscar as respostas que você nunca me dá, meus pensamentos procuram pistas nas tuas frases vagas, nos vultos do teu olhar, nas tuas fugas. Entenda que pra mim é tão difícil desistir quanto é pra você tentar.

               Não espero um 'sim', mas esse teu silêncio fala a mim mais do que qualquer palavra, e me corta de dentro pra fora... Então apenas responda as minhas perguntas, mesmo àquelas que ainda não foram feitas, porque agora você sabe exatamente o que se passa dentro de mim.

                                                                         
♪♫ (TRILHA: "CREEP" - RADIOHEAD) ♪♫

Perdoa-me

          Eu nunca poderia cumprir o que te prometi, se quando jurei já estava perdida. Quis te deixar seguir pelos caminhos que escolheu, mas não fui capaz.

          Então me perdoa por não conseguir, por me perder no infinito que há nos teus olhos, por guardar o gosto do teu beijo, o teu toque, teu cheiro. Perdoa-me por negar o que para mim já estava claro desde o primeiro sorriso teu. Eu não resisti ao teu jeito doce e distante, como que perdida em mundo que eu nunca conheci. Não pude desistir do teu abraço aconchegante, da tua voz sensata me dizendo palavras vagas, sinceras... tão certas, tão fortes!

        Não respeitei tua vontade, teu espaço, teu tempo, tuas verdades. Eu invadi. Ignorei os avisos, desprezei os sinais. Fui pacientemente imprudente.

            Incansável, eu senti, falei, fiz, suspirei... Eu te quis. Omiti teus deslizes, fingi que não via a distancia entre nós... Eu só estava tentando atravessar o abismo do teu medo. Sinto muito se não fui imune ao teu encanto, se não fiquei alheia a tudo que acontecia, se realmente quis acreditar que nada aconteceria dentro de mim.


               ♪♫ (TRILHA: "CHASING PAVEMENTS" - ADELE) ♪♫

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sem sentido, vago, palavras repetidas, inacabado e outras muitas coisas que só eu entendo.

Algo me limita. E eu não sei ao certo se é o meu meio de transporte ou minha total falta de entendimento sobre suas fasesfalhas, farsas, farpas, falsos positivos.  Não posso pensar no assunto mais de 30 minutos, porque me vem um milhão de coisas diferentes na cabeça, e eu fico perdida sem saber qual delas seguir.  Não posso planejar fazer nada e ir dormir, porque quando acordar, certamente terei mudado de idéia. Posso? ...Aliás, uma coisa engraçada que acontece comigo: Por que as idéias sempre parecem melhores à noite?
Na noite anterior fiz um roteiro para te falar, fiz meus planos para o próximo final de semana, paisagens inesquecíveis, momentos inigualáveis. Fiz projetos incríveis,  tracei um plano de negócio. Analisei minha agenda do mês inteiro e como podia otimizar meu tempo para dar tempo de terminar tudo a tempo... Pensei em no meio da conversa te dizer, quem sabe, algo como... te contar que sou feliz quando estou com você... e depois terminar meu drink, e fingir que não disse nada, mudando drásticamente de assunto... Porque, sabe, outro problema é que tenho um tipo de 'timer' muito estranho: 3 angustiantes segundos depois de falar exatamente o que eu queria falar... me arrependo...! 
                                                   "...por isso eu corro demais..."

Corro e faloFalo louca e incansavelmente! E nem falo... Despejo palavras! ...E elas desabam! Caem com tal peso... um peso que ficaria em mim se não as expulsasse, o peso do:      ' e se?' .
 Então me perdoe pelo mal jeito. Pela falta de rítmo, o descompasso entre palavra e momento.Perdoe os 'sustos', o timbre nunca alterado, o quase sempre não muito bem explicado contrastando com o seu exagero de esclarecimentos. Perdoe também a insistência, claro... Essa é a que mais se tem de perdoar... Irrita até a mim mesma essa mania de fazer o que me dá vontade na hora davontade, e só pela vontade

"...Por isso vou ficar mais um pouquinho para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho."

Posso? Posso... Posso!      Fiz... fiz, fiz!!! .......
Tempo.... t.e.m.p.o ..... t   e   m   p   o .... : FaloFaloFalo = peso
                                                                                                      peso
                                                                                                      peso
Perdoe a Vontade a Vontade Perdoe Perdoe-a Vontade.

                                                 Pronto, Falei. Ponto. 

                                                                                                  
                                                ♪♫ (TRILHA: "SUSHI" - TULIPA RUIZ) ♪♫