sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Contando o tempo

Será que todo o tempo se conta em dias, em horas, minutos e segundos marcados no relógio? Se acontece assim, então alguém me explica por que os dias felizes parecem mais curtos, no descanso as horas passam mais rápido... Por que na espera os minutos parecem se estender por horas a fio, e no tédio temos a impressão de que o relógio está lento. Alguém me faz entender por que em alguns segundos de conversa, às vezes conseguimos compreender coisas que passamos dias e dias sem fazer idéias, ou por que uma opinião de anos pode desmoronar de repente.

Eu gosto de contar o tempo em momento, intensidade... Eu penso que as cores que eu vejo nos teus olhos em segundos, significam mais do que as imagens que os meus vislumbraram no resto do dia, que nossos sorrisos, se juntos, são mais plenos, que o tempo acelera quando estou contigo e que o dia fica curtinho, mas as lembranças e a saudade se multiplicam a cada cair de noite... Eu sei que a gente entende coisas em olhares e que às vezes se desentende em meias palavras. Eu acho que é tão mais lindo coisas simples em dias comuns do seu lado, que conta tanto mais meia hora de nada com você do que cem anos de tudo sem poder compartilhar com quem amo...

Por isso, não me importam as datas, nem contar o tempo em meses e meses. Datas marcadas nem sequer combinam com a gente... A verdade é que os momentos estão guardados na lembrança, e é em cada um deles, no sentir, nas palavras, nos gestos, carinho, atenção, no fato querermos estar dia a dia, lado a lado, que se encontra, se traduz o amor, não em um dia marcado no nosso calendário. Te amo, por tudo.

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