segunda-feira, 27 de junho de 2011

Motivo.

Me sinto cansada de não saber, de não ter, de não poder.

Queria somente controlar meus desejos, queria não te querer tanto.

Não sou madura o suficiente, é bem verdade. Não para isso.

Consigo compreender teus motivos, mas não sou capaz de aceitá-los

Não posso respeitar tuas verdades absolutas sobre o que acha que pode ganhar ou perder.



Estou tão sufocada, me falta a tranquilidade e a calma necessárias para esperar,

me falta, sinceramente, a maturidade para ser segura o suficiente.

Quero gritar, quero viver esse momento. Só quero não desperdiçá-lo.

Não consigo, me desculpa, ser fria e racional. Sou passional.

Meu pior defeito é acreditar, crer que pode dar certo.



A sua oscilação está me matando aos pouquinhos por dentro,

cansei de ficar à deriva, preciso saber onde estou.

O pior é te ouvir me falando a verdade, me dilacerando, me confundindo

Por que eu ainda estou aqui? Por que?

Visto minha insegurança de coragem e te procuro mais uma vez.

Mas o que é que eu estou fazendo? Eu não sei.

Não há outro motivo para eu não desistir, além da estranha vontade de te ter por perto sem motivo algum.


(29.05.2011)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Do Amor - Paulinho Moska


Não falo do amor romântico, 
aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. 
Relações de dependência e submissão, 
paixões tristes. 
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo, 
e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida,
explicada, entendida, julgada. 
Pensam que o amor já estava pronto, 
formatado, inteiro, antes de ser experimentado. 
Mas é exatamente o oposto, para mim,
que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, 
inventado e modificado. 
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita. 
O amor é um móbile. 
Como fotografá-lo? 
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo? 
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? 
O amor é o desconhecido. 
Mesmo depois de uma vida inteira de amores, 
o amor será sempre o desconhecido,
a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. 
O amor quer ser interferido, 
quer ser violado, 
quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, 
decidimos caminhar pela estrada reta. 
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, 
e nós preferimos o leito de um rio, 
com início, meio e fim. 
Não, não podemos subestimar o amor não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico. 
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia. 
Não é no meu sangue que ele ferve. 
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e 
nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu 
como se fossem novas estrelas recém-nascidas. 
O amor brilha. 
Como uma aurora colorida e misteriosa,
como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, 
o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. 
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, 
se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço. 
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, 
me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega. 
Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita. 
Ou melhor, só se Vive no amor. 
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.
____________________________________________________________________________

Mas que coisa mais que linda é essa? rs.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Se deixar...

          Triste é querer e se saber não poder, é poder e não se permitir, permitir e amedrontar. É buscar e não encontrar, encontrar mas não ser, ser e não aceitar, aceitar mas não compreender. É desistir sem tentar, tentar mas não persistir, persistir mas não alcançar. É encher mas não preencher, é preencher e transbordar, é desperdiçar. Amar e ter que calar.


         Amar é sem perceber, e perceber já amar mais do que se pode, quase que sem querer. É permitir-se buscar, encontrar, ser e aceitar. É não desistir sem tentar, persistir... E quando não alcançar, transbordar, mas nunca temer ou desperdiçar. É não entristecer por não ser amado, mas sim por não se deixar amar.

(TRILHA: "QUANDO ASSIM" - NÚRIA MALLENA)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quando Assim - Núria Mallena

          Vou dizer viu..! Fuçando aqui e ali, tenho encontrado artistas maravilhosos... Gente boa e muito pouco conhecida pela minha região. Que coisa mais linda é ver que ainda há cultura e bom gosto brotando de cada cantinho do Brasil... Um exemplo disso é Núria Mallena, que tem uma voz suave... Canta e encanta. Não podia deixar de postar essa LINDA música aqui. Poesia para os olhos, canção para a alma e para o coração. DESFRUTEM.



 COMUNIDADE DA ARTISTA NO FACEBOOK: 
http://www.facebook.com/pages/N%C3%BAria-Mallena/167699823291591?ref=ts

Aquece

            Eu sei que mudaria minha vida inteira para andar ao teu lado, porque foi quando te vi que enxerguei os meus caminhos, minhas certezas. Porque perto de você eu vivo, e longe eu apenas espero... Meu sorriso não está completo sem o teu, e meu corpo é frio sem teu abraço. É teu calor que  aquece meu coração.





Obs.: Gente, não colocarei o nome da música na trilha dessa vez, porque estava envolvida em tantas melodias do Tiago Iorc... Então é isso: Escutem, ele é fera! Beeijos


terça-feira, 21 de junho de 2011

Melodia

         Minhas palavras são tão vagas, e ao mesmo tempo tão densas para se guardar sem uma melodia... Quero fazer fluir pelo teu corpo, pela sua mente tudo que senti, e se cada palavra se apoiar em um acorde, quem sabe fique mais leve, mais bonito...

        Quero esconder atrás de cada nota toda a dor, e transformá-la na mais linda canção, pra poder fazer renascer no mais profundo da tua alma a vontade de amar, pra te dizer que letra e música estarão ligados eternamente, como obra e autor... Como eu e esse  amor  que em mim surgiu tão despretensiosamente, quase que sem se notar, e nunca mais partiu.

        Há coisas as quais eu não posso controlar, eu sei, então apenas feche os olhos e me ouça, porque não pedirei nada em troca além de tudo. Eu aceito tudo que quiser me dar.


 (TRILHA: LET'S STAY TOGETHER - TIAGO IORC) 


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Contradição

                Entro em contradição... Faço pedidos para te esquecer, mas em silêncio faço promessas para te ter de novo. Estou me punindo por erros que nem mesmo sei se cometi, pelas minhas possíveis falhas que desconheço... Estou procurando motivos para não te querer e encontrando toda a minha vontade de ficar com você. 

                A verdade é que já não sei o que fazer, porque sempre que penso a respeito, me dou conta de que qualquer sofrimento que tenha me causado, fica ínfimo diante da felicidade de poder te ter  ao meu lado.



(TRILHA: "A PRÓXIMA VEZ" - MARIA GADÚ E GUGU PEIXOTO) 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Quando fui chuva - Maria Gadú e Luiz Kyari



Meu pedaço quase que inteiro.

          Preciso recuperar os pedaços de mim que ficaram com você: uma parte de lembrança, um pouco da esperança, fragmentos de ilusão. Felicidade quase que completa nos cacos de um amor unilateral. Me confessa que jamais foi real, que tentando se enganar acabou me enganando também, que sente muito, ou nem tanto, tanto faz. Já não tem importância o tudo que nós não fomos.

         Apenas me devolva o meu livro favorito, aquela foto e o meu sorriso que você aprisionou nos seus lábios. Quero que leve embora teus cds antigos, teu cigarro, e as digitais que deixou em minha pele. Vem buscar teu cheiro no travesseiro ao cair da noite e tua presença na varanda pela manhã. E quando vier, não esquece de trazer de volta minha vontade de viver.

         Tua ausência me machuca, e está tão difícil me desfazer disso... porque você é meu pedaço quase que inteiro, o mais complexo dos meus defeitos, a parte que falta para completar a metade que sou eu... E essa dor é a sua ultima marca em mim, é o sentido que ainda me resta, mesmo que nada mais faça sentido.


(TRILHA: "EU QUE NÃO AMO VOCÊ" - ENGENHEIROS DO HAWAII)

"Eu que não fumo, queria um cigarro, eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais nesse último mês... Eu que não bebo, pedi um conhaque, pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair..."

 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perguntas - Respostas

               Você me disse que ia pensar, mas eu não te pedi nenhum favor... Que fique bem claro isso: não quero o teu 'amor teste', nem sentimento superficial. Não vou ser voluntária nas experiências do teu coração, nem me entregar à desorientação das tuas dúvidas.

               Não se desculpe se pretende cometer os mesmos erros, nem diga que tem medo me magoar, porque se pode prever isso, então também é capaz de impedir. Você sempre tenta me convencer de que não tem controle sobre si mesma, e eu simplesmente não consigo aceitar isso.

               Sei que seria tão mais fácil deixar tudo como está e esquecer, largar de uma vez. É todo o meu desejo, mas minha cabeça insiste em buscar as respostas que você nunca me dá, meus pensamentos procuram pistas nas tuas frases vagas, nos vultos do teu olhar, nas tuas fugas. Entenda que pra mim é tão difícil desistir quanto é pra você tentar.

               Não espero um 'sim', mas esse teu silêncio fala a mim mais do que qualquer palavra, e me corta de dentro pra fora... Então apenas responda as minhas perguntas, mesmo àquelas que ainda não foram feitas, porque agora você sabe exatamente o que se passa dentro de mim.

                                                                         
♪♫ (TRILHA: "CREEP" - RADIOHEAD) ♪♫

Perdoa-me

          Eu nunca poderia cumprir o que te prometi, se quando jurei já estava perdida. Quis te deixar seguir pelos caminhos que escolheu, mas não fui capaz.

          Então me perdoa por não conseguir, por me perder no infinito que há nos teus olhos, por guardar o gosto do teu beijo, o teu toque, teu cheiro. Perdoa-me por negar o que para mim já estava claro desde o primeiro sorriso teu. Eu não resisti ao teu jeito doce e distante, como que perdida em mundo que eu nunca conheci. Não pude desistir do teu abraço aconchegante, da tua voz sensata me dizendo palavras vagas, sinceras... tão certas, tão fortes!

        Não respeitei tua vontade, teu espaço, teu tempo, tuas verdades. Eu invadi. Ignorei os avisos, desprezei os sinais. Fui pacientemente imprudente.

            Incansável, eu senti, falei, fiz, suspirei... Eu te quis. Omiti teus deslizes, fingi que não via a distancia entre nós... Eu só estava tentando atravessar o abismo do teu medo. Sinto muito se não fui imune ao teu encanto, se não fiquei alheia a tudo que acontecia, se realmente quis acreditar que nada aconteceria dentro de mim.


               ♪♫ (TRILHA: "CHASING PAVEMENTS" - ADELE) ♪♫

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sem sentido, vago, palavras repetidas, inacabado e outras muitas coisas que só eu entendo.

Algo me limita. E eu não sei ao certo se é o meu meio de transporte ou minha total falta de entendimento sobre suas fasesfalhas, farsas, farpas, falsos positivos.  Não posso pensar no assunto mais de 30 minutos, porque me vem um milhão de coisas diferentes na cabeça, e eu fico perdida sem saber qual delas seguir.  Não posso planejar fazer nada e ir dormir, porque quando acordar, certamente terei mudado de idéia. Posso? ...Aliás, uma coisa engraçada que acontece comigo: Por que as idéias sempre parecem melhores à noite?
Na noite anterior fiz um roteiro para te falar, fiz meus planos para o próximo final de semana, paisagens inesquecíveis, momentos inigualáveis. Fiz projetos incríveis,  tracei um plano de negócio. Analisei minha agenda do mês inteiro e como podia otimizar meu tempo para dar tempo de terminar tudo a tempo... Pensei em no meio da conversa te dizer, quem sabe, algo como... te contar que sou feliz quando estou com você... e depois terminar meu drink, e fingir que não disse nada, mudando drásticamente de assunto... Porque, sabe, outro problema é que tenho um tipo de 'timer' muito estranho: 3 angustiantes segundos depois de falar exatamente o que eu queria falar... me arrependo...! 
                                                   "...por isso eu corro demais..."

Corro e faloFalo louca e incansavelmente! E nem falo... Despejo palavras! ...E elas desabam! Caem com tal peso... um peso que ficaria em mim se não as expulsasse, o peso do:      ' e se?' .
 Então me perdoe pelo mal jeito. Pela falta de rítmo, o descompasso entre palavra e momento.Perdoe os 'sustos', o timbre nunca alterado, o quase sempre não muito bem explicado contrastando com o seu exagero de esclarecimentos. Perdoe também a insistência, claro... Essa é a que mais se tem de perdoar... Irrita até a mim mesma essa mania de fazer o que me dá vontade na hora davontade, e só pela vontade

"...Por isso vou ficar mais um pouquinho para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho."

Posso? Posso... Posso!      Fiz... fiz, fiz!!! .......
Tempo.... t.e.m.p.o ..... t   e   m   p   o .... : FaloFaloFalo = peso
                                                                                                      peso
                                                                                                      peso
Perdoe a Vontade a Vontade Perdoe Perdoe-a Vontade.

                                                 Pronto, Falei. Ponto. 

                                                                                                  
                                                ♪♫ (TRILHA: "SUSHI" - TULIPA RUIZ) ♪♫